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'Cartoon' de Kim Warp / The New Yorker
Um galã, um “adónis", um “anjo de olhos azuis”, uma figura controversa, uma “besta” disfarçada, um sedutor endiabrado, o “ator mais cool”, o senhor, o heroi e o vilão. Estas e muito mais designações ou cognomes para aquele que foi, em todas as perspetivas, uma imagem incontornável do nosso tempo, do nosso cinema, do conceito tido e fora de Hollywood de estrela de cinema. Alain Delon, com as suas enigmáticas íris azuladas, o rosto angelical petrificado o qual conservou até à sua avançada idade, sucumbiu pelas leis da Natureza, a lição é que nem ele é eterno. O primeiro Ripley do cinema, o parceiro do crime de Melville, o nêmesis da dupla da improvável Charles Bronson e Toshiro Mifune, a outra e conturbada metade de Monica Vitti em desígnios antonionianos, as suas carícias no corpo de Romy Schneider com piscina incluída, a vida, essa, maldita que lhe pesou nos ombros pela condução de Visconti, mais a nostalgia de um leopardo numa das mais belas incursões cinematográficas de sempre. Olhar para Delon é mirar cinema em toda a sua forma, e, tendo em conta o seu “ponto final”, quer o seu lado heroico, quer o seu lado ‘velhaco’, consoante a posição de quem a égide, de momento nada mais importa. O corpo vai, e o espectro, esse, emoldurado no Cinema, persiste. Longe de tudo. O cinema fazia parte do ADN de Delon, não há rosto mais patrimonial destes últimos anos que a dele.
Devido a muitos pedidos incessantes ... só que não … apresento-vos um novo site Libro Ex! Ainda em pequenos passos (falta um logótipo que está a ser idealizado e preparado), devo alertar.
Nasce assim um espaço sobre livros e as suas periferias, uma daquelas ideias que cuja génese aconteceu à volta de uma mesa de café para depois, por via da loucura, ser materializado.
Junto-me então ao Aníbal Santiago e ao Roni Nunes nesta aventura, que penso, visto não existir muitos medias sobre livros por aí sem ser Tik Toks ou Youtubes aos trambolhões, vem preencher um certo vazio no meio. Não com isto afirmar que vou desistir do Cinema (nunca, a 'carolice' é até à morte!), mas que vou abraçar estes desafios de um universo que entro aos poucos.
Já agora, se tiverem o interesse, podem ler o meu artigo/crítica sobre "Perseverança" de Serge Daney, aqui.
Gena Rowlands (1930 - 2024) em "Opening Night" (John Cassavetes, 1977)
Miguel Esteves Cardoso [MEC] em "Como Escrever" (Bertrand Editora)
"O Meu Pai Voava" (Tania Ganho, editora D.Quixote)
Ratatouille (Brad Bird & Jan Pinkava, 2007)
Deixo-vos um pequeno aperitivo que tem um pouco da minha demanda das demandas, a crítica de cinema: da sua natureza, às relações, funcionalidades como as suas diferentes plataformas. Para que serve a crítica? Para quem serve a crítica? E para quando precisamos da crítica?
Um episódio de "Só uma Nota" , podcast de José Paiva, com os oradores Susana Bessa (obrigado pela menção ❤) e Rui Alves de Sousa.
Fica a sugestão ... ouvir aqui
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