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Imagem do filme "Three Comrades" (realizado por Frank Borzage e escrito por F. Scott Fritzgerald, 1938)
Em 2023 fiz a "pazes" com a minha melancolia, aceitei as mudanças (que não foram poucas), boas ou más não interessa, conformei-me com as portas que me foram encerradas desde 2020, e solicitei novas diretrizes para o meu percurso. Enquanto o Mundo caminha e demonstra estar numa valente "merda", procurei encontrar refúgio nas pequenas 'coisas', o "viver momento" como muitos me aconselharam, palavras "medicinais" que soam provenientes das milésimas burlas de auto-ajuda, mas é o facto que nos é impedido pela sociedade em fervoroso e predatório. Portanto, é isso ... 2023 foi daquelas tragédias, ora cómicas, ora trágicas, que no final se rasga em esperança para os sobrevivente (espero bem que sim), é prosseguir, continuar, ou lá o que seja, o resto é passageiro (menos a minha melancolia parece perdurar e perdurar ainda mais).
Com isto, olha 2023 está a escapar-nos entre os dedos, que 2024 traga-nos algo mais do que meras contestações.
Michael Jackson, Eddie Murphy e Iman na imagem promocional de "Remember the Time", curta-videoclipe dirigida por John Singleton (1991), integrado no album "Dangerous"
Domingo, sempre o maldito domingo. Mentalizo-me mais e mais que vou desaparecer num deles, dia (aliás, meio-dia), cinzento, melancólico, saudosista, e por vezes desesperado que se dá pelo nome de domingo. Portanto, mais um, mais um adeus ... desta vez o cineasta georgiano Otar Iosseliani (1934 - 2023), um provocador, mas acima desse título, ele só queria convívio, e a prova é que filmava-o bem. Aqui, em 1982, com Andrei Tarkovsky e uns quantos "copos" de tinto "bem metidos". No fundo é isto, solução para domingos e morte, vinho com certeza!
Não sou audiência para televisão (quanto a séries, no geral tenho vertigem, e mais nas aclamações de “cinema do futuro”), mas sitcoms sempre foram uma fraqueza minha, vejo-os avulsos e quanto menos continuidade detém … melhor, o humor funciona antídoto, não é preciso historietas novelescas para me conquistar, e “Brooklyn Nine-Nine” era um daqueles exemplares que me gargalhava de vez em quando, e com gosto, depois de um dia de trabalho ou “cobertores de melancolia” revestidos em mim, era um escape, sendo o Capitão Holt uma das mais divertidas personagens desta galeria. É pena, mas a vida é assim, o riso num dia, a tumba no outro.
Obrigado pelas gargalhadas Andre Braugher (1962-2023)
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