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Como era esperado, até porque o movimento em si não é de total originalidade e Bolsonaro sempre fora uma cópia recalcada de Donald Trump, os "apoiantes" invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília, proclamando a luta pelo Brasil que tanto “amam”, porém é a defesa de um país imaginário, delirante e autocrático e não o país real (multicultural e diversificado sobretudo). Há uns dias ouvi uma conversa entre dois brasileiros numa barbearia em Loures, um deles sugerindo a construção de um “Muro de Berlim” que dividisse o Brasil em duas metades. A conotação atribuída à ideia é fácil percepção ao lado politizado que iluminado se encontrava - “O Nordeste ficava com o seu Lula e comunismo, e o restante com o nosso Chefe Maior das Forças Armadas”. Pelo que vimos ontem, num rasto de invasão e destruição de “propriedade privada”, se calhar os bolsonaristas estão mais próximos dessas apontadas e infantilizadas características comunistas - “São deturpadores de tudo o que é privado”. Enquanto isso, como mencionei no meu segundo post deste blog, só temos que agradecer a Bolsonaro pela legitimação de uma massa disforme de ignorância e militância extrema em nome de uma figura messiânica e de ideiais que nada de "cristão" possuem. Terroristas? Claro que sim, e devem ser tratados como tal.

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publicado às 09:54


9 comentários

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De Anónimo a 09.01.2023 às 10:32

E o Chega sonhando com algo parecido em "Portugau".
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De Migang a 09.01.2023 às 11:00

O que se viu ontem, na invasão canalha em Brasília, foi o povo dito " civilizado branco " a destruir tudo que lhe aparecia à frente como um bando terrorista e de terra queimada. Por acaso, não se vê gente das favelas e negra. Porque será?
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De Anónimo a 09.01.2023 às 13:05

Ao domingo é a visita aos presos.
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De Anónimo a 09.01.2023 às 11:02

Num país que teve que escolher de entre 2 cancros, o qual prefere para continuar a definhar, nada disto surpreende. A questão agora é perceber qual dos cancros consegue mais mediatismo.
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De Juscelino a 09.01.2023 às 11:31

O Brasil é um país da América do Sul e Bolsonaro é um fã do Trampas, logo isto que aconteceu não é surpreendente. Vamos a ver se, para repor a ordem (e evitar uma guerra civil?), o Exército não impõe a sua força e o seu regime, voltando ao antigamente.Já não estamos no séc. XX, é verdade, mas trata-se da América do Sul...
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De Manuel da Rocha a 09.01.2023 às 11:53

O problema do Brasil é muitíssimo maior que o dos EUA.
No Brasil há um grupo de radicais que lideram milhões de pessoas: Igreja Universal do Reino de Deus (e as suas 40000000 outras variações de nomes).
São esses que empurram estas pessoas para as ruas, pois chegam a pagar 30000 reais para "participar em manifestação de apoio a Bolsonaro e Brasil livre". Graças a isso, aqueles líderes religiosos (que de religião só usam o nome) conseguem juntar massas gigantescas de pessoas, juntando a isso um poderio financeiro de milhões de milhões de dólares, é fácil corromper forças policiais (mais de 3000 seguranças, do Planalto, desapareceram, quando a manifestação chegou à praça... daí o líder, que tinha partido, de madrugada, para ir ter com o Bolsonaro, ter sido demitido)
No caso dos EUA, os grupos são mais virados para os extremistas que procuram teorias da conspiração em todo o lado. Não importa se é o Trump, o Obama (os Qanon apoiaram-no) ou outro qualquer. São grupos que os que os une são essas teorias e a defesa da anarquia. Muito mais simples de debelar, até que os grupos "anti-racismo", que matam milhares de americanos, anualmente, em troca de violência e roubos, que obriguem a polícia a agir, para se poderem queixar e exigir biliões em indemnizações.
Por cá, o Chega, também usa o mesmo sistema: grupos religiosos, que se baseiam em pessoas que ninguém sabe quem são, influencers digitais, que promovem certas personalidades para gerar apoio e revolta. Com capacidades financeiras gigantescas (que o mesmo grupo anda a usar para os 900000000 sindicatos, que se vão unir debaixo do guarda-sol Basta! (novo sindicato liderado por André Ventura e que está em vias de ser apresentado, que reune os 7332300 "sindicato independente [juntar designações profissionais]" e as 4000000 "frentes cívicas" ou "movimento social")) conseguem juntar aqueles loucos anti-vacinas, anti-esquerda e defensores da anarquia ditatorial, como vimos nestes 3 anos passados. E o uso é o mesmo do que se passa no Brasil: aproveitar o apoio dos media para captarem atenção dos jovens, criando novos suportes para um futuro próximo. Basta acertarem numa só coisa, falhando em 300000000000000000000, a que acertaram, vai ter cobertura jornalística durante anos e milhões de milhões de seguidores em redes sociais. Se a autoridade segue as normas, mais lenha terão para criticar os poderes vigentes.
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De Anónimo a 09.01.2023 às 13:02

É o que dá não haver eleições transparentes.
Ninguem se entende.
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De Anónimo a 09.01.2023 às 13:53

É no que dá quando o poder judiciall está politizado, os media estão sequestrados de uma narrativa, e porções significativas do aparelho de Estado estão infiltradas de agentes políticos - uns como outros sempre animados das melhores intenções e espírito de "democracia".
Quaisquer alegações de fraude eleitoral, mesmo ridiculas, teem que ser investigadas e noticiadas com seriedade, ou as massas perdem a confiança na lisura dos resultados. Poderão as alegações ser algumas verdadeiras, outras falsas, avaliar impacto e corrigir o que possa correr mal - é o bom senso. Transparência.
Há pessoas que parecem pensar que no Brasil como nos EUA o processo de votar é idêntico a Portugal. Não é. O espaço para manipulação e fraude eleitoral existe, e os procedimentos são diferentes.
Até cá - recordam-se dos ultimos votos da emigração que tiveram que ser repetidos ?
Tão ansiosos estavam por descartar Trump e Bolsonaro que, ao ignorar as alegações, sem mais, criaram um problema bem maior porque largas secções do eleitorado já não acreditam na seriedade do Estado, da justiça, na isenção dos media, e no resultado de eleições.
Comprem pipocas porque julgo que este filme ainda não acabou.
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De Anónimo a 09.01.2023 às 13:30

Portugal, 1383
https://cctic.ese.ipsantarem.pt/red/hist/ficha_documento.php?cod=57
"O pagem do Mestre começou a ir a galope em cima do cavalo em que estava, dizendo altas vozes:
- Matam o Mestre! Matam o mestre nos paços da rainha. Acorrei ao Mestre que o matam.
[...] As gentes que isto ouviram, saíram à rua a ver que cousa era [...] e começavam de tomar armas, cada um como melhor podia. A gente era tanta que não cabiam pelas ruas principais e atravessavam lugares escusos, desejando cada um ser o primeiro. E perguntando uns aos outros quem matava o Mestre [...] Unidos num só desejo foram às portas do paço que estavam já fechadas e começaram a dizer:
- Onde mataram o Mestre? Que é do Mestre? Quem fechou estas portas?
De cima não faltava quem dissesse que o Mestre era vivo e o conde de Andeiro morto. Mas isto não queria nenhum crer, dizendo:
- Pois se é vivo, mostrai-no-lo e vê-lo-emos!
[...] Ali se mostrou o Mestre a uma grande janela que vinha sobre a rua e disse:
- Amigos: pacificai-vos, porque eu vivo e são estou, graças a Deus!

Fernão Lopes, "Crónica de D. João I"

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