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Sabem o que é um trafulha? Vou-vos dar um exemplo perfeito - Alex Jones - fundador do Infowars, site que deseja equipar à legítima comunicação social norte-americana, promovendo-se com conteúdo conspiracionista, algo lunático, e com geografia à extrema-direita (alt right como sublinham os yankees), foi nessas instâncias que Kanye West recentemente pronunciou sobre a sua admiração por Hitler num discurso alucinado (a pensar que não foi há muito tempo que multidões afirmavam tratar-se de um génio). Ora bem esse “maluco que atira pedras”, tinha uma teoria na manga, de que o tiroteio na Escola Sandy Hook, em 2012, não passava numa encenação para beneficiarem o “lobby anti-armas”. O que aconteceu é que um grupo de pais, cujos filhos foram vítimas de tais atentados terroristas, e que Jones afirmou serem “atores pagos”, decidiram o processar pelas suas injúrias. O resultado é que Alex Jones perdeu, condenado a pagar 1,5 mil milhões de dólares. E eis que surge novamente com uma declaração … desta feita, o de falência.
Em outras bandas [Brasil], Bolsonaro avançou para o Tribunal Superior Eleitoral com “provas” de que existiam urnas com defeito técnico, e como tal era imperativo anular os votos aí recebidos. O que falhou nesta narrativa? Simples, o presidente no ativo aliou-se a vários do partido PL [Partido Liberal], muitos deles eleitos nos estados com essas mesmas urnas, solicitando a anulação da votação, apenas em segundo turno de forma a não prejudicar os elegidos. Ora se as urnas estavam defeituosas, apenas estavam na segunda volta? Pois bem, o Tribunal recusou a proposta de anulação e condenou a PL a pagar uma coima de fraude no valor de 23,9 milhões de reais (cerca de 4 milhões de dólares).
Voltando ao ponto inicial, trafulha é isto, mentiroso, charlatão, e no fundo são esquemas e esquemas que fazem parte da sua moral. O dinheiro, o centro da sua intelectualidade, é também a sua fraqueza. A sua kryptonite. Julgo que esta seja a melhor forma de combater essa barbárie institucionalizada.
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